Quais são as diferenças entre os aços inoxidáveis das séries 300 e 400?

Acepil

10 de julho de 2023

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Neste artigo, falaremos sobre as diferenças entre os aços das séries 300 e 400, mas antes, vamos entender melhor o que é o aço inox e como se dá a sua divisão/classificação.

O aço inoxidável – ou apenas aço inox – é, nos dias de hoje, matéria prima indispensável em usos diversos na sociedade. Entre os usos mais comuns estão a fabricação de talheres, de bijuterias, de canecas, louças etc.. Também é muito utilizado na indústria de maneira geral, na fabricação de maquinário, de ferramentas, de peças de reposição – válvulas, conexões, tubos, flanges e outros produtos.

Para cada peça, produto e aplicação específica, existe uma série de aço inox mais propícia a ser utilizada. Estas séries são determinadas pela classificação normativa SAE/AISI, estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros automotivos (do inglês norte-americano: Society of Automotive Engineers) e pela AISI (American Iron and Steel Institute), que se baseiam na composição do aço inox (mais especificamente, nos principais elementos de liga presentes) e nos métodos de preparação do aço para aplicação. No Brasil, a ABNT segue os mesmos critérios das classificações SAE e AISI, usando quatro algarismos (ABXX).

São previstas muitas dezenas de classificações. Nelas, os 2 dígitos finais XX indicam os centésimos da porcentagem de C (Carbono) contida no material, podendo variar entre 05, que corresponde a 0,05% de C, a 95, que corresponde a 0,95% de C. Se a porcentagem de C atinge ou ultrapassa 1,00%, então o final tem 3 dígitos (XXX) e a classificação tem um total de 5 dígitos.

Falando sobre os aços propriamente ditos: os aços da série 300 são aços inoxidáveis austeníticos (que são não-magnéticos e, basicamente, ligas de Ferro, Crômio e Níquel (Fe-Cr-Ni)). Já os aços da série 400 são aços inoxidáveis ferríticos (que são magnéticos e, basicamente, ligas de Ferro e Crômio (Fe-Cr)).

Os aços inoxidáveis da série 400 podem ser divididos em dois grupos: os ferríticos propriamente ditos, que geralmente têm uma quantidade de crômio mais alto e carbono mais baixo e os martensíticos, nos quais predomina uma quantidade mais baixa de crômio e mais alta de carbono (comparados com os ferríticos).

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